Venha descobrir a rica história de Badajoz desde 875, ano da fundação da cidade, até aos dias de hoje através dos seus diferentes locais turísticos. Badajoz não só acolhe festivais, feiras e festivais que são famosos em todo o país, mas que também dispõe de uma rica oferta hoteleira, que geralmente atinge 100% de ocupação em datas como a Páscoa ou o Carnaval.
Badajoz possui também um considerável património histórico e cultural, como se revela no centro histórico da cidade, o qual alberga um grande número de sítios e monumentos históricos e arqueológicos. Porta de Palmas, a Torre Espantaperros ou a Alcáçova (a maior fortificação moura deste tipo na Europa) são três dos seus pontos de referência mais reconhecidos e únicos que, juntamente com o rico património das suas praças e igrejas, fazem com que a cidade seja digna de ser visitada.
São realizados inúmeros eventos culturais na cidade ao longo do ano, trazendo um grande afluxo de pessoas. Entre estes estão as festas Al Mossassa ou La Noche en Blanco (“A Noite em Branco”), sem esquecer as principais festas da cidade, o Carnaval, a Páscoa e a Feira de São João. A sua ambiciosa agenda cultural fez da cidade a capital cultural do sudoeste ibérico.
Outros importantes eventos celebrados na cidade são os seus festivais, entre os quais cabe salientar o de Flamenco e Fado de Badajoz, o Folclórico Internacional, o Internacional de Jazz ou o de Teatro.
Igrejas
REAL MOSTEIRO DE SANTA ANA O Real Mosteiro de Santa Ana foi fundado em 1518 por Leonor Laso de la Vega e Figueroa, membro da nobre família pacense dos Figueroa, Duques de Feria, com personagens tão destacados como Lorenzo Suárez de Figueroa, embaixador dos Reis Católicos na Itália, cuja lauda sepulcral é conservada no claustro da Catedral.
IGREJA DE SANTO DOMINGO A igreja pertence ao antigo Convento de Santo Domingo fundado em 1556. Este centro religioso foi habitado pelos frades dominicanos desde sua fundação até a desamortização e exclaustração dos monges em 1822. Desde 1927 até hoje, é administrado pelos pais Paúles.
IGREJA DE SAN JUAN BAUTISTA A igreja abriga atualmente o Sagrário da Catedral, com a qual compartilha o nome, e, embora possa parecer uma construção recente devido às reformas sofridas, trata-se de um edifício verdadeiramente histórico.
IGREJA DE SAN ANDRÉS A Igreja de San Andrés já aparece na primeira divisão por paróquias realizada em Badajoz em 1274, após a reconquista cristã de Alfonso IX de Leão. Posteriormente derrubada, a atual igreja pertencia ao antigo convento Madre de Dios de Valverde, do século XVI, e é fruto de importantes reformas realizadas no século XIX.
IGREJA DE SAN AGUSTÍN Na fachada destaca-se o portal de mármore branco construído no século XVII e de estilo classicista. Apresenta colunas estriadas sobre podium e está rematada por uma estátua de São Agostinho, podendo-se observar ao lado da parte superior os escudos da cidade de Badajoz e o do Bispo agostiniano Fray Agustín Antolinez.
IGREJA DE LA CONCEPCIÓN A primitiva Igreja de la Concepción datava do século XVI e, junto com o hospital do mesmo nome, estava situada no terreno que hoje ocupa o vizinho Convento de los Remedios. O traço atual da Igreja de la Concepción é de 1768 e é atribuído a um dos melhores arquitetos do século XVIII espanhol, Ventura Rodríguez, colaborador também no Palácio Real de Madrid; isso explica a beleza deste magnífico edifício que marca um verdadeiro marco em seu estilo no patrimônio monumental extremo.
ERMIDA DA SOLIDÃO A primitiva Ermida da Solidão foi construída em 1664 a instâncias de D. Francisco de Tutaville e de Tufo, Duque de San Germán e Capitão Geral de Extremadura. O templo foi realizado para abrigar a maravilhosa imagem de Nossa Senhora da Solidão, que o próprio duque havia encomendado em 1660 a um escultor de Nápoles.
CONVENTO DE SAN JOSÉ (ADORATRIZES) Ergue-se na Praça de San José, situada junto à Alcáçaba árabe. Neste local foi construída a antiga Ermida de San José, que deu nome ao lugar. A grande importância deste santo em Badajoz é determinada pelo fato de ter sido durante séculos o “Patrono” da cidade, comemorando-se em sua onomástica a conquista de Badajoz por Alfonso IX de Leão, ocorrida em 19 de março de 1230.
CONVENTO DAS DESCALÇAS Popularmente conhecido como “As Descalças”, foi fundado pelo bispo pacense da ordem mercedária, Fray Simón de Sousa, em 1317. As obras do novo convento só terminaram em 1700, graças ao apoio do insigne prelado Marín de Rodezno.
CONVENTO DAS CARMELITAS Sabe-se que já no século XVII existia um beaterio neste local, denominado de “Nossa Senhora dos Anjos” ou de “São Antônio”, cujas imagens recebiam a devoção popular em uma pequena capela.
CATEDRAL DE SAN JUAN A catedral mandada levantar por Alfonso X o Sábio no século XIII está declarada desde 1931 Monumento Histórico Artístico. Seu aspecto exterior de fortaleza, motivado possivelmente pelas contínuas guerras que assolavam a cidade, contrasta com os tesouros que guarda em seu interior. A fábrica é de alvenaria rebocada com blocos de reforço na base das paredes, cantos e nos elementos mais importantes. No exterior, distribuem-se um bom número de escudos de bispos, junto com o da diocese e o de algumas famílias nobres pacenses.
Muralha abaluartada
A ALCAÇABA A Alcáçaba de Badajoz foi construída em adobe no ano 875 por Abd-al-Ramman Ibn Marwan “El Yilliqui”, configurando a primeira cidade de Badajoz de que temos notícias sob o nome de Batalyaws, Batalyos ou Bataliús; quase toda a atual fortaleza pertence à reforma realizada pelos almohades no século XII. A superfície do recinto é de 80.000 metros quadrados, e tem uma altura máxima de 208 metros sobre o nível do mar e de 43 sobre o rio. Apresenta forma ovalada e mede 400 metros de Norte a Sul e 200 de Leste a Oeste.
PORTA DO PILAR A Porta do Pilar é uma das entradas para a fortificação abaluartada da cidade e foi erguida no final do século XVII frente ao forte de Pardaleras, perto de outra anterior chamada de Jerez ou Santa Marina; a construção foi concluída em 1692. Recebe seu nome de uma pequena imagem dessa advocação que seu benfeitor, o Capitão Geral de Extremadura, Conde de Montijo, fez colocar em uma pequena hornacina.
PORTA DE PALMAS É um dos monumentos mais emblemáticos de Badajoz. Trata-se de uma entrada para a cidade realizada em seu recinto amuralhado. Dela partia o caminho que conduzia a Portugal e, por sua localização, foi o elo entre a corte espanhola e portuguesa e passagem obrigatória para as comitivas reais de ambos os países quando havia a necessidade de celebrar casamentos e outros encontros.
PORTA DE MÉRIDA A Porta de Mérida é uma das menos conhecidas do Recinto Amuralhado de Badajoz. Está situada na zona oriental da fortaleza e deve seu nome à direção para a qual conduzia.
PORTA DA TRINIDADE Construída em 1680, está situada no Baluarte da Trindade, formando um amplo passo abobadado sob a muralha. A fachada exterior é de estilo classicista e é fabricada em pedra, apresentando um arco coroado com o escudo real dos Austrias, realizado em mármore. O caminho que se abre a partir dela leva até o Baluarte de São Pedro.
PONTE DE PALMAS Oferece um agradável passeio, de onde se pode desfrutar de belas vistas do rio e da própria Porta de Palmas. Construção unida a essa porta, com a qual compartilha a data de construção. Apresenta uma extensão total de 585 metros.
HORNABEQUE DA PONTE DE PALMAS Este elemento arquitetônico é formado por dois semibaluartes. A partir deste ponto estabelecia-se a comunicação por meio de um passo coberto com o Forte de São Cristóvão.
FORTE DE SÃO CRISTÓVÃO Situado do outro lado do rio, é uma magnífica fortaleza exterior de excelente traço, construída no século XVII durante a Guerra com Portugal (1640-1668) e a primeira construção realizada de todo o sistema abaluartado. Era capaz de abrigar 12 canhões e até 300 fuzileiros, e suas defesas eram completadas com outros elementos mais avançados que o tornavam quase imbatível.
ERMIDA DOS PAJARITOS Antigo oratório de dimensões reduzidas. A ermida, seguramente originária do século XV ou XVI, faria parte das muralhas de Badajoz e tinha, além disso, a função de torre e porta da cidade para o rio, conservando-se anexa a ela uma portada.
BALUARTE DE SANTIAGO Construído em 1765, tem como curiosidade que o canto direito de seus lienços de muralha é semicircular, formando o que em termos de engenharia se denomina um “orejón”. Neste baluarte morreu o General Rafael Menacho em 1811 em plena batalha, defendendo heroicamente a cidade ante o assalto das tropas francesas de Napoleão na Guerra da Independência.
BALUARTE DE SANTA MARIA OU DA LAGUNA Situa-se entre os baluartes de São Roque e da Trindade. Seu nome de “A Laguna” deve-se ao aspecto que apresentava quando seu fosso era inundado pelas águas do próximo arroio Rivillas. Era possível alagar todos os fossos do Recinto Abaluartado de Badajoz, tornando-o uma ilha amuralhada. Neste local caíram vários milhares de soldados ingleses na tomada da cidade por Lord Wellington em 1812, que estão enterrados aqui.
BALUARTE DE SÃO VICENTE Este é o primeiro baluarte que encontramos em nosso percurso. Conta com uma muralha de 50 metros de comprimento e 7 de altura, o que nos proporciona uma visão panorâmica da área. Foi erguido por volta de 1665 e sua construção é de sólida alvenaria de pedra e barro, bem como seus elementos defensivos são abaluartados.
BALUARTE DE SÃO ROQUE Foi o primeiro baluarte a ser construído com forma triangular, pois os anteriores tinham a forma de meia-lua, além disso, foi o primeiro a ser construído fora das muralhas medievais da cidade. Seu atual aspecto é fruto de importantes reformas realizadas em 1730.